(Quadro de Edward Hopper)
Pode-se fazer uso de diferentes métodos de forma combinada, recorrendo-se a mais de uma fonte para colecta de dados, aliando-se o qualitativo ao quantitativo (FREITAS et al., 2000).
Segundo Fernando A C Bignardi:
A Pesquisa Qualitativa parece ter vocação para mergulhar na profundidade dos fenómenos. Não almeja alcançar a generalização, mas sim o entendimento das singularidades.
A Pesquisa Quantitativa aplica-se à dimensão mensurável da realidade, origina-se na visão newtoniana dos fenómenos e transita com eficácia na horizontalidade dos extractos mais densos e materiais da Realidade.
Pesquisa-acção:
A pesquisa-acção tem origem em trabalhos desenvolvidos por Kurt Lewin, na década de 40, nos Estados Unidos, envolvendo disciplinas das ciências sociais. Lewin, a partir de uma abordagem integrada, define um programa de pesquisa capaz de fornecer critérios objectivos e precisos para avaliar cada situação e analisar as acções voltadas para a solução de problemas grupais e intergrupais. Utiliza, como ponto de partida, a pesquisa do tipo experimental (EDEN; HUXHAM, 2001; MACIEL, 1999; VERGARA, 2005).
A pesquisa-acção é, muitas vezes, tratada como sinónimo de pesquisa participante ou pesquisa colaborativa. Tanto a pesquisa-acção quanto a pesquisa participante têm como origem a psicologia social e as limitações da pesquisa tradicional, dentre as quais se evidencia o distanciamento entre o sujeito e o objecto de pesquisa, factor que ressalta a necessidade de inserção do pesquisador no meio e a participação efectiva da população investigada no processo de geração de conhecimento (HAGUETE, 1999).
E ainda a propósito de Pesquisa-acção num texto de José Francisco de Melo Neto:
A metodologia da pesquisa-acção é uma opção, uma metodologia que estimula a participação das pessoas envolvidas na pesquisa e abre o seu universo de respostas, passando pelas condições de trabalho e vida da comunidade. Buscam-se as explicações dos próprios participantes que se situam, assim, em situação de investigador. Na pesquisa-ação, o participante é conduzido à produção do próprio conhecimento e torna-se o sujeito dessa produção. Neste aspecto, essa metodologia distancia-se das demais e se afirma, constituindo-se como fundamental instrumento de resistência e conquista popular. Trata-se de uma metodologia constituída de acção educativa e que, segundo Oliveira (1981: 19), promove “o conhecimento da consciência e também a capacidade de iniciativa transformadora dos grupos com quem se trabalha”. Uma concepção de pesquisa que Pinto (1979: 456) considera “fundamentalmente como acto de trabalho sobre a realidade objectiva”. E já para Gamboa (1982: 36) a pesquisa-ação “busca superar, essencialmente, a separação entre conhecimento e acção, buscando realizar a prática de conhecer para actuar”.
(Participação no Fórum no dia 1 de Novembro)
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